A Oposição e Suas Estratégias de Luta: Fracassos e Desafios.

Por: Leopoldino  Vitumbaca

Neste texto, procuraremos analisar de forma resumida, alguns aspectos fundamentais que certos partidos da oposição em Angola, têm apresentado. Tendo em conta os períodos que vai de 2008 à actualidade.

Sendo o período em que, o país registou as três últimas eleições (2008, 2012 e 2017), todavia, se retrocedessemos desde o princípio do sistema de multipartidarismo em Angola  (1992 - 2°República) à actualidade, constataremos que muitos foram os partidos da oposição,  que por intermédio de diversos mecanismos almejam alcançar o poder. Uns com políticas falhadas, problemas burocráticos graves, tentantivas de convencer os eleitorados desesperadas (...). Outros, com base as diferentes perspectivas teóricas, aplicando os princípios ideológicos de Maquiavel, Aristóteles, Marx, Rousseau, Toquivil (...) [Laurindo Vieira,2007; Alexandre Marques,2014].

 Sendo grupos de interesses, a oposição angolana deve se despir de certos preconceitos ideológicos, membros saltitantes de partido à partido, bloqueios de certos candidatos, perpectiva de se perpectuarem no poder(...). E puserem os interesses da nação acima de tudo. Isto é,  lutando arduamente e de forma unificada [Fernandes,2010].

= Estratégias de Luta fracassadas  demonstradas pela oposição =

1° Reivindicam os supostos resultados eleitorais, por tempo reduzido e por vezes de forma relaxada.
A título de exemplo: A contestação dos resultados das eleições de 2008, 2012 e de 2017, onde se observou um autêntico relaxamento, 3 semanas depois.

2° Após a abertura do ano legislativo (na AN) os seus deputados contestam os subsídios exorbitante,  mas, no final acabam por aceitarem
Exemplo: O caso dos lexus, reivindicaram bastamte, na primeira oportunidade que tiveram, aceitarm na normalidade.
Diz o adágio mwangolé ( já fizeram e desfizeram, agora é a nossa vez).

3° Contestam a permanência por longo período,  dos dirigentes do partido no poder,  todavia, optam pela mesma via.

Exemplo: Os líderes da UNITA e da FNLA, pelo tempo que estão na liderança dos respectigos partidos, certamente que não têm legitimidade, de reivindicarem os líderes do partido no poder, na questão do tempo de governação.

4° O espírito de intolerância reina nesses partidos: Monstram-se radicais e intolerantes, quando o assunto diz respeito a indivíduos no seio do seu partido, que contestam certas ideias por eles defendidos, não obstante de se tratarem de ideias ou programas, que em nada favorecem o povo, tornam-se alvos de calúnias e difamação dos seus camaradas.

5° Actuam com base nas exposições dos diferentes problemas da ordem social, visíveis por quase todos os indivíduos. Por intermédio dos meios de comunicações , mas, raramente apresentam possíveis soluções,  utilizando os referidos meios de comunicaçõe, ou seja, presume-se que, na ausência de erros por parte do partido no poder, ou calamidades natuaris, a oposição fica estagnada, sem políticas convincentes.

5° Reivindicam nepotismo e bajulação,  mas, no seio destes, observam-se tanto a bajulação quanto o nepotismo para que os seus membros ascendem de status sociais.

Exemplo: É visível observar que, em certos partidos, o poder concentrado numa ou noutra família. Tanto é que, se o pai é secretário provincial, municipal ou comunal,  a esposa e o filho terão mas probabilidade de desempenharem a mesma função na organização feminina,  e posteriormente o filho na organização juvenil. Para que facilmente atingem o status social de deputado. Por isso, observamos famílias deputados (onde o pai, a mãe e talvez o filho são deputados)

6° Os processos eleitorais polêmicos,  em quase todas as organizações  dstes partidos (Juvenil, da Mulher etc).
Exemplo: As eleições do secretário geral da JURA no ano passado, o congresso da CASA-CE, as conflitualidade na FNLA(...).

Tendo em consideração os aspectos acima mencionados,  remetem-nos as seguintes perguntas :
Como a oposição almeja alcançar o poder, agindo desta forma? Porquê que não mudam os instrumentos e formas de actuação? E quem nos garante que, almejando o poder não agirão como o partido no poder actual?

O centro das políticas públicas sectorias, devem ser o bem-estar dos cidadãos. E sempre que os grupos de interesse ou de pressão tornam-se incapazes de executarem esse princípio, certamente que perderão a legitimidade de falarem em nome dos cidadãos.

= Os desafios para oposição inverter o quadro actual =

Para o bem-estar da oposição em Angola, devem reafirmar as suas lutas, utilizando novos instrumentos e formas de actuação.

Procurar ganhar a confiança dos cidadaos, com base a seriedade, trabalho árduo , primando também pela tolerância e propuserem políticas públicas sectorias , não apenas na AN, mas também nos diversos meios de comunicação social. E na interação grupal com as comunidades, as massas e ONGs e associações governamentais.

Preocupam-se mais nas investigações de situações pertinentes desconhecidos pelos cidadãos,  assim, estariam a proporciona-los  novas informações, e não se limitarem naqueles que até o cidadão menos informado politicamente conhece.

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